quinta-feira, 24 de março de 2011

Aquela que eu amo é... Epilogo Alternativo




Aquela Que Eu Amo É...
Epilogo Alternativo - Para aquela que eu amo
Escrito por Alain Gravel
Traduzido para o português por Folken Souryu em 31/12/2001
Revisão da tradução por Nabeshin Ayanami em 11/02/2002
Baseado nos caracteres criados e pertencentes à GAINAX
http://www.geocities.com/Tokyo/Teahouse/2236/
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Epilogo Alternativo - Para aquela que eu amo
"Senhor. O horário de visitas já acabou."
Lentamente, o homem olhou para a enfermeira. Ela era jovem, talvez dezoito ou dezenove anos, não era mais uma criança, mas se mostra uma mulher madura. Ela tinha um belo sorriso e um rosto inocente. O homem a teria achado atraente em um passado quase esquecido.
A enfermeira, uma garota chamada Lily, tentando não estremecer enquanto o homem olhava fixamente para ela, antes ajeitando seus óculos sobre seu nariz. Ela não poderia realmente explicar, mas o homem lhe dava medo. Ele era bonito. Não muito velho, no máximo trinta anos. Um rosto agradável. Seu cabelo escuro estava preso atrás em um pequeno rebo-de-cavalo e parecia que ele não havia se barbeado nos últimos dias, que na verdade o deixava mais atraente. Contudo, havia algo obscuro a respeito dele, e não era apenas o uniforme preto da NERV. Se fosse possível olhar cuidadosamente através das lentes tintas dos óculos que ele usava, seria possível ver assombrados olhos escuros.
"Entendo. Eu não percebi que era tão tarde."
Lily deu um pequeno suspiro de alívio enquanto o homem se virava para olhar a mulher deitada na cama. Apesar do fato de ela parecer um pouco magra e estar bastante pálida por causa dos anos de internação, ela tinha que admitir que aquela mulher era muito bonita. Ela só estava trabalhando nesta clínica a uma semana e essa paciente já havia se tornado sua favorita. Talvez fosse seu longo cabelo vermelho que a lembrava tanto de sua ex-namorada.
O homem inclinou-se sobre a mulher que dormia e lhe deu um leve beijo nos lábios. Ele então olhou para ela e a enfermeira se surpreendeu ao ver que o homem na verdade estava sorrindo.
"Breve, Asuka-chan. Muito em breve. Apenas seja paciente um pouco mais."
O homem então pegou um sobretudo preto e caminho para fora do quarto.
"Que homem estranho," pensou a enfermeira.
Este pensamento não a abandonou por algumas horas e ela explicou isso para sua colega, Tanya. Ela gostava muito de Tanya e sempre compartilhava seus pensamentos com ela. Tanya tem sido uma grande ajuda para se acostumar com o lugar. Pena que ela já tivesse namorado...
"Você vai se acostumar com isso," respondeu Tanya, calmamente reclamando do copo de café. "Eu tenho trabalhado aqui por quase dez anos e não me lembro de um único dia que este homem não visitou a paciente do quarto quarenta e dois. Eu acho que ele era noivo dela ou coisa assim."
Dez anos. Talvez mais de dez anos. Ele a tem visitado todos os dias. Subitamente, a opinião de Lily a respeito do homem se tornou muito mais positiva. Um homem tão apaixonado assim não pode ser mau...
* * *
O Supremo Comandante de NERV de pé na platavorma encarando o Evangelion e olhando fixamente os olhos amarelos da Unidade-01. Breve, as coisas renderiam frutos e sua meta estaria a seu alcance. Adão e Lilith não existiam mais, mas a Unidade-01, filha de Lilith, ainda existia, assim como os outros Evangelions.
"Comandante."
O comandante ajeitou seus óculos sobre o nariz e olhou para a pessoa que chegava, uma mulher em seus quarenta anos, com cabelos loiros e usando um jaleco.
"Doutora Ibuki."
"Eu deixei os relatórios de hoje em sua mesa."
"Entendo. As notícias não mencionam uma catastrofe na China, então eu presumo que os testes de ativação da Unidade Beta-02 foram um sucesso."
"Sim, senhor. Embora a taxa de sincronização com o plug de Inteligencia Artificial não tenha sido maior que dez porcento, a unidade ativou-se com sucesso, como esperado."
O comandante acenou afirmativamente com a cabeça.
"Bom. Um fiasco como a tentativa de ativação em Paris teria sido doloroso. Eu não posso me dar ao luxo de ter outra unidade destruida. Nós já sofremos atrasos inaceitáveis. Nós tivemos sorte que a destruição de Paris na explosão tenha limpado todos os indícios do experimento. Eu não gosto de depender da sorte."
Houve um longo momento de silêncio, emquanto dois rostos sem emoções se encaravam.
"Como foi o experimento de hoje com o dummy plug?" o comandante finalmente perguntou.
"Outra falha. Como na tentativa anterior, o clone perdeu a coesão e se dissolveu no LCL. Eu pude determinar contudo que o nosso LCL sintético é a causa do problema."
O comandante ergueu a sombrancelha. Esta não foi uma boa notícia.
"Alguma solução para esse problema?"
"Eu vou precisar recalcular a fórmula do LCL."
"Entendo. Então você quer fazer um outro reseqüenciamento genético com Rei."
"Sim."
"Ela quase morreu na última tentativa. Ela irá sobreviver a esta operação?"
"Eu acredito que sim. Contudo, eu duvido que ela seja capaz de viver por sí só após o procedimento, muito menos pensar por ela mesma."
"Irrelevante. Você deve prosseguir."
"Você é tão frio, Shinji."
"Não mais que você, Maya."
"Você já a amou."
Shinji suspirou. Maya sempre foi uma tola sentimental.
"Eu amei. Mas isso tudo está no passado."
"Então porque você não pode esquecer Asuka?"
"Porque você não pode esquecer Ritsuko?"
A doutora olhou para baixo. Aquele nome sempre tinha o efeito desejado nela.
"Breve seus planos renderão frutos, e tudo estará bem. Quando nós concluirmos a Instrumentalidade, você poderá estar com ela uma vez mais e Asuka e eu estaremos juntos."
A doutora olhou para ele, olhos cheios de esperença.
"Sim..."
"Eu verei você hoje à noite em seu apartamento."
"Sim senhor."
O comandante saiu. Ainda havia muito o que fazer, muito daquilo que o impedia de alcançar seu objetivo que era se reunir com a mulher que ele amou. Contudo, todos os obstáculos deveriam estar de acordo, e em breve... eles poderiam estar juntos novamente.
[FIM]
Alain Gravel
rakna@globetrotter.qc.ca
14 de fevereiro de 2000
Iniciado em 28 de janeiro de 2000
Primeira revisão do rascunho foi feita em 14 de fevereiro de 2000
Revisão final em 21 de março de 2000

Um comentário:

  1. Kal, muito obrigado por postar novamente essa historia. Eu há tinha há alguns anos, até que minha (que virou ex alguns dias depois) a apagou "sem querer" do meu hd.
    Muito obrigado, não faz ideia de como estou feliz por ter novamente essa historia.
    Abraços!
    Gustavo

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